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terça-feira, 27 de janeiro de 2009

O amor fatal




[Heaven, 2002, de Tom Tykwer]

- O Paraíso -
Phillippa (Cate Blanchett) é uma professora de Inglês, a viver em Turim, que pretende vingar a morte do marido. Para isso ela planeia matar um homem, colocando uma bomba feita por si no seu escritório. Mas nada corre como planeado e quatro inocentes, entre eles duas crianças, morrem. Phillippa é rapidamente capturada pela polícia local e colocada sob interrogatório. Entre os policias esta um jovem italiano, (Giovanni Ribis), que para além de acreditar piamente na história da detida, ainda desenvolve uma paixão secreta por ela. Paixão que o levará a abandonar a carreira e a vida que teve até então.
Heaven é baseado na inacabada trilogia Heaven, Hell and Purgatory escrita por Krzysztof Kieslowski.
Do mesmo realizador de Lola rennt (Corre Lola Corre) e mais recentemente Perfume: The story of a murderer (O Perfume).


[Gegen die Wand, 2004, de Fatih Akin]

- Head On -
Sibel (sibel kekilli) encontra finalmente o homem que desejava, ele não é propriamente um modelo de marido, mas tem o único requisito que ela procurava: é Turco. Cahit (birol ünel) apesar de se manter relutante inicialmente, acaba por ceder, casando com a Sibel. Apesar de se tratar de um casamento arranjado por ambos, sem amor, nem qualquer tipo de cumplicidade, de uma relação que parece estar condenada a dois corpos que coabitam no mesmo espaço como amigos ou até mesmo como irmãos, Head On acaba por contar uma invulgar história de amor, cujo destino agridoce se encaminha para a distância física, mas para a união espiritual, numa das mais deslumbrantes e adversas viagens sobre o amor.
Do mesmo realizador do admirável
" Auf der anderen Seite"(Do Outro Lado).


[Krótki Film o Milosci, 1988, de Krzysztof Kieslowski]

- Não Amarás -
Tomek (Olaf Lubaszenko) é um jovem de 19 anos Polaco que desenvolve uma obcessão pela vizinha, Magda (Grazyna Szapolowska), que observa todas as noites apartir de uma luneta, da janela do seu quarto. A mulher mais velha, madura, com uma vida sexual activa, acaba por suscitar cada vez mais a atenção do jovem, que ainda que tímido tenta alguma oproximação - desde enviar avisos falsos da agência de correios onde trabalha, passando por fazer entregas de leite na sua zona, até tentar estabelecer algum contacto visual ou diálogo. Mas, é quando finalmente consegue chamar atenção que as coisas tomam porporções inimagináveis...
Este é o capítulo seis da série Decálogo do realizador Polaco, que consiste numa versão comtemporânea dos mandamentos bíblicos. Não Amarás é um retrato ímpar, de um dos mais importantes realizadores europeus do século passado.

1 comentário:

Yuri Fontela disse...

Muito se falou, na época, do caráter hitchcockiano do filme Não Amarás, que remete à Janela Indiscreta. Mas Hitchcock, protestante, filmou a culpa, como a curiosidade e a bisbilhotagem podiam mostrar o lado mesquinho nos homens, de ambos os lados, tanto de quem olha quanto o vigiado. Kieslowski, católico, filma a solidão, a tristeza, a falta de comunicação, a incompreensão e o isolamento do homem moderno. Não poderia ser mais diferente, tanto na forma quanto no conteúdo.