Quem se importa? Quem escuta? Quem lê?

sábado, 13 de junho de 2009


["City of Life and Death", 2009 de Chuan Lu]

Billy Bat



A nova manga de Naoki Urasawa e Nagasaki Takashi é uma espécie de BD dentro da BD. Billy Bat conta-nos a história do seu ilustrador, o nipo-americano Kevin Yamagata, autor das aventuras de um famoso morcego/detective que investiga esposas infiéis.

O quotidiano do autor Kevin Yamagata é abruptamente alterado quando dois investigadores do FBI utilizam o seu estúdio para investigar um vizinho acusado de simpatizante de comunismo. Um dos investigadores revela-se fã das aventuras do morcego Billy Bat, enquanto que outro afirma que a personagem lhe é familiar, acusando Yamagata se ter inspirado numa antiga comic Japonesa. Este comentário leva Yamagata a regressar à terra natal - o Japão, que está a sofrer fortes reviravoltas devido à ocupação americana. Para acentuar a instabilidade desses tempos, os autores inspira-se em acontecimentos reais, num Japão que ainda sofre os recentes impactos da segunda grande guerra. A série Billy Bat também é parcialmente inspirada no livro do Inglês David Peace - denominado de Tokyo Year Zero (que estou actualmente a ler e a adorar). Mais informações pode sempre consultar o blog: The eastern edge que publicou uma entrevista traduzida a Urasawa e do co-autor Nagasaki Takashi acerca desta matéria.

terça-feira, 28 de abril de 2009

O amor fatal (II)



[Eternal Sunshine of the Spotless Mind, 2004, de Michel Gondry]


[Brick, 2005, de Rian Johnson]


[The Fountain, 2006, de Darren Aronofsky]


[3-iron, 2004, de Kim Ki-duk]

segunda-feira, 27 de abril de 2009

fecha-te boca! infelizmente ultimamente não a consigo manter fechada

domingo, 26 de abril de 2009

everybody knows: Your Lips Are Red (from St. Vincent)

esta música lembra-me:

uma cena em que os convidados de uma festa da alta sociedade são simplesmente esfaqueados pela anfitriã, que pretende vingar os maus tratos infligidos pelo marido. Terrível será, o facto disto nunca ter acontecido, de ser apenas um desejo que a mulher teve, quando estava prestes a morrer vitima desses mesmos maus tratos.

sábado, 25 de abril de 2009

25 de Abril

hoje acordei com...

Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
O povo é quem mais ordena
Dentro de ti, ó cidade
Dentro de ti, ó cidade
O povo é quem mais ordena
Terra da fraternidade
Grândola, vila morena
Em cada esquina um amigo
Em cada rosto igualdade
Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
Terra da fraternidade
Grândola, vila morena
Em cada rosto igualdade
O povo é quem mais ordena
À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade
Jurei ter por companheira
Grândola a tua vontade
Grândola a tua vontade
Jurei ter por companheira
À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade

a música que tocava de um carro alegórico que percorria a vila onde moro. Acho que vou ouvir esta música todos os 25s de Abril até ao resto da minha vida.

domingo, 19 de abril de 2009

sábado, 4 de abril de 2009

A Take Away Show: Beirut



Palavras para quê! Apenas Beirut, que me tem inspirado tanto ultimamente. Após uma semana inteira a ouvir o álbum, The Flying Club Cup no mp3.

sábado, 28 de março de 2009

Deixa(-mos) de existir...

Aparecemos por momentos breves no labirinto de sonhos que nós mesmos construímos
aparecemos mortos... nus e ingénuos.
aparecemos repletos de magoas e desalento(s)

aparecemos deslumbrados com o silêncio
Com o espelho que esconde a nossa imagem, com o espelho que narra a nossa história
...aparecemos deitados a sonhar o mesmo sonho

éramos nós, admirando o tempo. o nosso tempo

e porque ainda temos esperança? ou fé, ou seja lá o que for
por que ainda acreditamos que vamos morrer juntos?
porque acreditamos ainda no destino?

Dói tanto quando se tenta fugir
odeio pensar que ainda te amo e que posso te perder para sempre

domingo, 8 de março de 2009



do mestre... Pluto de Naoki Urasawa (simplesmente extraordinário!)

Antes que me esqueça, de que de vez enquanto tenho que escrever para sacudir a alma - para não permitir que esta adormeça para sempre.
Tenho andado meia confusa ultimamente, e para variar, tenho continuado a escrever acerca disso.

Não sei... se tive a sorte de ver os filmes certos ou se alguma vez terei a sorte de ler o livros certos. Se é que existem mesmo coisas, ou pessoas certas para cada um de nós. Mas a verdade é que, nada é eterno, nada é permanentemente, permanente... e não é que isso me chateie, muito pelo contrario, aborrecido seria se tudo continuasse sempre na mesma forma.
A minha atitude cinéfila/critica também tem baixado um pouco a guarda. Daquilo que tenho ando a ler destaco: O Anticristo, de Nietzsche, Pluto, de Naoki Urasawa e Vagabond, de Takehiko Inoue. De resto, e estranhamente há mais de duas semanas que não vejo um único filme. Talvez pelo facto de ter andado a ingerir doses muito elevadas de Lost, a série que anda na boca do povo, mas que eu ainda não tinha tido a oportunidade de ver. De resto vou dando noticias...

terça-feira, 3 de março de 2009

Sou lixo... Não?

segunda-feira, 2 de março de 2009

Welcome to Fantasporto



Dia 2 de Março
(definitivamente depois do Fantas)

Agora que durmo e acordo e continuo a ter vontade de dormir e acordar...
O Fantas acabou (a 29º edição acabou), porém pelo caminho ficaram uma série de histórias para contar e recontar nos anos que se avizinham.
Em breve falarei mais...

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009


["Street Findings", 1999 de Irving Penn]

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

a vida é um sonho... não quero ficar lamechas e muito menos sentimentalista, não quero acreditar em causas perdidas e muito menos ter falsas esperanças. não quero dormir!... quero sim, continuar, a olhar, para o imenso vazio à minha volta, e fazer algo acontecer. mas sinto-me tão inconsistente, tão, tão estúpida... sempre perdida entre o sonho e a realidade. nada de excessos, nada fora daquilo que sou, e quem me dera transforma-me, ainda que por breves instantes, naquilo que à tempos desejei ser.
recordo o: "há mais de três anos", recordo aquilo que eu era, recordo-me... eish Cláudia... porra sempre a mesma coisa. sempre a olhar para trás.
esta nostalgia mata-te!
e só de pensar que tudo começou num sonho. que aquele sonho modelou tudo o que fiz e o que não fiz até então. está na hora de mudar de página e voltar a escrever tudo de novo. tudo...
e será que vou sonhar outra vez?... já nem sei, mas tanto me faz

já não preciso de te suplicar outra vez avó. infelizmente não tive tempo de te conhecer, alias não tivemos (nasci tarde demais). no entanto, sabes, que ainda assim, te consigo amar tanto... talvez porque nunca tiveste aqui para me desiludir. é verdade. talvez porque, na minha infinita vaidade, te consiga ver em mim.
***


"O Homem é um génio quando está a sonhar."
Akira Kurosawa

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009


[Garry Winogrand, cerca de 1960]

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009




[Robert Longo, MEN IN THE CITIES, 1979]

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Sanctuary

De Ryoichi Ikegami & Sho Fumimura


Sanctuary é a manga escrita por Sho Fumimura e ilustrada por Ryoichi Ikegami, publicada no Japão pela Big Comic Superior entre 1990 e 1995. Posteriormente já foi lançado por outras editoras, tendo cada uma delas dividido a história de formas diferentes o que resulta na variação do numero de capítulos e de volumes.
Na altura, assim como ainda hoje a manga fez enorme sucesso no publico adulto, pela sua arte arrojada parecendo reflectir uma América em plena década de 60. Sanctuary tem uma história "atraente" na medida em que mistura conspiração politica com um thriller policial, e na forma como explora convenientemente as suas personagens - mantendo o suspense sempre no ponto certo. Cada um dos seus capítulos termina com um momento de tenção, obrigando assim o leitor a não descolar os olhos do papel.
Diria ainda, que o grande forte desta manga é deter duas personalidades extremamente fortes em lugares de destaque - realçando assim as diferenças entre os seus dois protagonistas.


(da esquerda para a direira) Akira Hojo e Chiaki Asami

Akira Hojo e Chiaki Asami atravessaram juntos durante a infância a guerra no Cambodja. Lutaram sempre pela união - sentimento que os acompanhou até ao momento em que se tornaram adultos, ou mesmo até, à altura em que regressaram ao Japão, sua terra Natal, e decidiram que juntos iriam mudar o país. Era evidente para ambos, que haviam regressado a um país de pessoas acomodadas que nada se preocupavam com o futuro. No poder, homens enriqueciam tomando partido de todas as regalias que as suas posições lhes traziam, impedindo desta feita que outros mais jovens e ambiciosos tomassem a rédeas do poder. Hojo e Asami estão decididos a mudar o Japão consagrando-o o seu Santuário particular. Para isso eles tomaram direcções opostas: Hojo torna-se um Yakuza, enquanto que Asami um secretário particular politico. Mantendo-se distantes e ao mesmo tempo tenebrosamente unidos eles embarcam na conquista do Japão.

É notório que Sanctuary recebeu fortes influencias cinematográficas - nomeadamente de filmes de Sergio Leone (de máfia, Gângsters, etc), com exemplo de Once Upon a Time in America. Também fortemente influenciado pela trilogia de Mad Max e aínda pelos filmes de Bruce Lee. São inúmeras as influencia que Sanctuary recebeu do género Film noir, porém teve potencial para chegar aínda mais longe na forma de como retrata o crime organizado no Japão. Tal como O Túmulo dos Pirilampos de Isao Takahaka, Sanctuary também se revela como um grito anti- guerra - visto que se alia às crianças para elevar mais esta problemática. O sexo aqui acaba por ter um lugar de destaque, felizmente nunca é usado tão abusivamente como aconteceu em Crying Freeman (de Ryoichi Ikegami). Com o traço inconfundível de Ikegami é difícil não ficar hipnotizado ao primeiro olhar.
São os amores, os medos, a luta, a coragem, a raiva, a união... todos os ingrediente estão misturados. Sem dúvida algo a não perder.



sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009


Agora ou nunca mais...


sábado, 31 de janeiro de 2009

Do mestre



[Monster, de Naoki Urasawa (Volume 17 - I'm home)]

Mensagem


(A verdade sobre os anjos)

Como adultos nós sentimos as primeiras sensações. Como humanos fomos os únicos a senti-las verdadeiramente pela primeira vez. Como mulher foi a primeira vez que me olhei ao espelho, como homem foi a primeira vez que vis-te o mundo. Quem somos nós afinal? Porque "sonhamos" uma vida inteira com este momento e não conseguimos entender o que se passa aqui? Julgamos que viveríamos eternamente e de que apesar de não sabermos o que é o amor, nunca sentiríamos a sua falta. Estávamos errados! Nós não tinhamos como entender a verdadeira essência da felicidade. Esta reside nos pequenos gestos do Ser-se humano.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Hunger (2008)



Steve McQueen, artista plástico britânico (não confundir com o actor), encontra na história de um grupo de prisioneiros do estabelecimento prisional de Maze, a oportunidade de engressar pela primeira vez na realização. E de facto McQueen torna este Hunger (Fome), numa das mais emocionantes e dolorosas viagens cinematográficas dos últimos anos. Levando-nos a crer que esta não uma história vulgar, que esta não é uma realização qualquer, que estes actores sobretudo Michael Fassbender (no papel de Bobby Sands) dão o seu máximo para transformar Hunger num retrato inesquecível, num grito demasiado audível para nos ser indiferente.
É difícil não conseguir reagir a esta película que nos causa um constante desconforto mental, assim como algum enjoo (diga-se de passagem). Mas é exactamente na brutalidade e na crueza, que esta obra se desligue das suas demais contemporâneas.
Sabemos bem que já inúmeros filmes foram feitos acerca das cadeias, do quotidiano dos seus prisioneiros e da penosa realidade que estes enfrentam, mas é na forma como McQueen filma que se encontra a sua singulariade.



Inicialmente conhecemos Ray Lohan (Stuart Graham) um guarda, do já referido estabelecimento prisional. O rosto apagado e sua quietude parecem ser reflexo de uma mente transtornada pelo dia a dia, daquilo que vimos a conhecer - ser Maze. Um homem que se faz seguir pelos fantasmas e que, ainda sem se dar conta se divide em duas personalidades - do marido, filho, homem pacato de família, ao guarda violento que exerce a sua profissão. Pouco depois acompanhamos a entrada de Davey (Brian Milligan), o novo recluso, que logo se opõe à utilização da farda (própria para os presos). No entanto, este acaba por receber o mesmo tratamento dos outros prisioneiros e tal como os tais, pouco ao nada pode fazer. Na entrada na cela ele conhece Gerry (Liam McMahon) que leva a cabo o chamado "protesto da sujidade" ("Blanket and No-Wash Protest"). Mas, é apenas num já avançado tempo de filme, que conhecemos a personagem que encarna o seu expoente máximo, estou a falar, claro - de Bobby Sands. É numa ambiência de selvajaria extrema, de persistência e perturbação que nos surge o corpo agitado de Sands (mais à frente vimos também conhecer uma outra agitação do protagonista e, desta vez o corpo é só um meio para alcançar um fim que a mente exige).


Bobby Sands era um activista da IRA (Irish Republican Army), que com apenas 27 anos foi condenado a 14 anos de prisão pelo crime de posse de armas. Em 1981 dá inicio a uma greve de fome que tem como objectivo o melhoramento as condições dos prisioneiros políticos (do seu estatuto e direito).

Hunger
perpetua um silêncio, um silêncio emocional. De uma banda sonora, que ainda que existente quase não seja perceptível, McQueen acaba por extrair do "silêncio" a chave da magnificência da sua obra. É apartir de planos de detalhados de pormenor e força dramática, foque e desfoque, de uma montagem tanto ritmada - composta por curtos planos; quanto lenta - composta por planos longos, que o autor encontra o seu traço identitário. Com a excepção de um take único de cerca de 20 minutos, sem cortes, nem mudança de planos, onde acontece uma conversa entre Bobby Sands e um padre católico (Liam Cunningham). Nesse diálogo, de entre muitos outras coisas que ambos falam, Sands expõe ao padre as razões pelas quais esta determinado a levar a cabo uma greve de fome ("Hunger Strike"). Cada um é movido pelos seus ideais - em que para o padre a greve de fome é tida como o próprio suicídio, enquanto que para Sands - uma arma, que tem a força de um grito capaz de derrubar os mais fortes alicerces da instituição penal. Ele que está decidido a sacrificar o corpo em nome de uma causa maior do que a sua própria existência. É após o final desta conversa acompanhamos o homem, Bobby Sands, na sua viagem solitária sem regresso. Com alucinações, um penoso sofrimento, mas com mente sã que nunca desvia o olhar do seu principal objectivo.
Uma obra que tem tanto de singela quanto de amadurecida - em que Steve McQueen se revela mais do que capaz de adoptar uma pura visão da realidade, que apenas o cinema europeu no seu melhor nos pode dar. Fazendo-se também acompanhar por uma equipa de extraordinários actores, entre os quais se destaca Stuart Graham (o guarda) e a já referida visceral interpretação de Michael Fassbender (Bobby Sands).
Com toda a certeza um filme para contemplar, dos poucos do género (felizmente) que se fazem hoje em dia. Hunger será para guardar carinhosamente na memória.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Friedrich Nietzsche - A Mulher


"A mulher foi o segundo erro de Deus."


"Na vingança e no amor a mulher é mais bárbara do que o homem."

"Tudo na mulher é adivinha e tudo nela tem uma única solução e essa é a gravidez."

"Onde amor e ódio não concorrem ao jogo, o jogo da mulher torna-se medíocre."

"Comparando no seu conjunto homem e mulher pode dizer-se: a mulher não teria engenho para se enfeitar se não tivesse o instinto do papel «secundário» que desempenha."

"Para a mulher, o homem é um meio: o objectivo é sempre o filho."

"As próprias mulheres, no fundo de toda a sua vaidade pessoal, têm sempre um desprezo impessoal - pela mulher."

*É por estas e por outras que eu não gosto de ser mulher. Na verdade também tenho algumas boas razões para gostar de sê-lo, uma delas é poder amar o homem como uma mulher.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

O amor fatal




[Heaven, 2002, de Tom Tykwer]

- O Paraíso -
Phillippa (Cate Blanchett) é uma professora de Inglês, a viver em Turim, que pretende vingar a morte do marido. Para isso ela planeia matar um homem, colocando uma bomba feita por si no seu escritório. Mas nada corre como planeado e quatro inocentes, entre eles duas crianças, morrem. Phillippa é rapidamente capturada pela polícia local e colocada sob interrogatório. Entre os policias esta um jovem italiano, (Giovanni Ribis), que para além de acreditar piamente na história da detida, ainda desenvolve uma paixão secreta por ela. Paixão que o levará a abandonar a carreira e a vida que teve até então.
Heaven é baseado na inacabada trilogia Heaven, Hell and Purgatory escrita por Krzysztof Kieslowski.
Do mesmo realizador de Lola rennt (Corre Lola Corre) e mais recentemente Perfume: The story of a murderer (O Perfume).


[Gegen die Wand, 2004, de Fatih Akin]

- Head On -
Sibel (sibel kekilli) encontra finalmente o homem que desejava, ele não é propriamente um modelo de marido, mas tem o único requisito que ela procurava: é Turco. Cahit (birol ünel) apesar de se manter relutante inicialmente, acaba por ceder, casando com a Sibel. Apesar de se tratar de um casamento arranjado por ambos, sem amor, nem qualquer tipo de cumplicidade, de uma relação que parece estar condenada a dois corpos que coabitam no mesmo espaço como amigos ou até mesmo como irmãos, Head On acaba por contar uma invulgar história de amor, cujo destino agridoce se encaminha para a distância física, mas para a união espiritual, numa das mais deslumbrantes e adversas viagens sobre o amor.
Do mesmo realizador do admirável
" Auf der anderen Seite"(Do Outro Lado).


[Krótki Film o Milosci, 1988, de Krzysztof Kieslowski]

- Não Amarás -
Tomek (Olaf Lubaszenko) é um jovem de 19 anos Polaco que desenvolve uma obcessão pela vizinha, Magda (Grazyna Szapolowska), que observa todas as noites apartir de uma luneta, da janela do seu quarto. A mulher mais velha, madura, com uma vida sexual activa, acaba por suscitar cada vez mais a atenção do jovem, que ainda que tímido tenta alguma oproximação - desde enviar avisos falsos da agência de correios onde trabalha, passando por fazer entregas de leite na sua zona, até tentar estabelecer algum contacto visual ou diálogo. Mas, é quando finalmente consegue chamar atenção que as coisas tomam porporções inimagináveis...
Este é o capítulo seis da série Decálogo do realizador Polaco, que consiste numa versão comtemporânea dos mandamentos bíblicos. Não Amarás é um retrato ímpar, de um dos mais importantes realizadores europeus do século passado.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

"Ninguém é perfeito para sempre"

O Tempo Segundo David Fincher



Ninguém tem tal controlo do tempo, um tal controlo das imagens e da sua poética. Ninguém encarna tão realisticamente o pavor da vida e o pavor da morte. O tempo que se reveste de todos os seus habituais fenómenos. Para o extermínio do tempo, apenas há uma solução: a morte.

Talvez: os melhores do 2008

Depois de em 2008 ter exposto tão tardiamente as minhas preferências cinematográficas referentes ao ano anterior. Agora e definitivamente trago os filmes de que mais gostei em 2008.

O silêncio



[Wings of Desire - de Wim Wenders (1987)]

"And stay all night with me
/ You won't find a girl in this damn world / That will compare with me"

Henry Lee
Nick Cave & P.J Harvey

Há coisas que nos matam... E numa altura em que deveria estar a contaminar um pedaço de papel com o meu modesto comentário acerca do último filme do Fincher ou, simplesmente a correr até à sala de cinema para assistir ao "Changeling" (de Clint Eastwood), estou aqui para falar - sei lá do quê. Após um longo tempo a recear não ter o que escrever, após uma noite mal dormida, e uma má disposição matinal, após um "parar para pensar" (sem resultado algum). Após umas entrelinhas acerca da vida dos anjos e a sua assexualidade, após um terrível silêncio - (reparo) que tudo começará de novo...
Tomara que a noite tivesse corrido bem, que tivesse dormido e talvez tido um sonho feliz (ainda que frustrante), que não tivesse ficado indisposta, que tivesse fumado um cigarro e não tivesse "parado para pensar". Tomara que conseguísse ignorar a sexualidade dos anjos ou conseguísse escrever algo interessante. Tomara que usufruísse de uma boa leitura e deixa-se de perder tanto tempo comigo e com os "meus assuntos", ou dito de outra forma: deixa-se de perder demasiado tempo com as "minhas paixões". Tomara que deixa-se de ter tanta esperança e abandonasse as causas perdidas. Mas tomara, sobretudo que aquele silêncio nunca tivesse acontecido.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Bela como sempre...


[Cate Blanchett - Daisy]

No ano em que comemora 40 anos de idade, estreia em Portugal "The Curious Case of Benjamin Button."
Com toda a certeza mais uma interpretção memorável, daquela que é e será sempre a minha actriz favorita.