Quem se importa? Quem escuta? Quem lê?

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009


["Street Findings", 1999 de Irving Penn]

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

a vida é um sonho... não quero ficar lamechas e muito menos sentimentalista, não quero acreditar em causas perdidas e muito menos ter falsas esperanças. não quero dormir!... quero sim, continuar, a olhar, para o imenso vazio à minha volta, e fazer algo acontecer. mas sinto-me tão inconsistente, tão, tão estúpida... sempre perdida entre o sonho e a realidade. nada de excessos, nada fora daquilo que sou, e quem me dera transforma-me, ainda que por breves instantes, naquilo que à tempos desejei ser.
recordo o: "há mais de três anos", recordo aquilo que eu era, recordo-me... eish Cláudia... porra sempre a mesma coisa. sempre a olhar para trás.
esta nostalgia mata-te!
e só de pensar que tudo começou num sonho. que aquele sonho modelou tudo o que fiz e o que não fiz até então. está na hora de mudar de página e voltar a escrever tudo de novo. tudo...
e será que vou sonhar outra vez?... já nem sei, mas tanto me faz

já não preciso de te suplicar outra vez avó. infelizmente não tive tempo de te conhecer, alias não tivemos (nasci tarde demais). no entanto, sabes, que ainda assim, te consigo amar tanto... talvez porque nunca tiveste aqui para me desiludir. é verdade. talvez porque, na minha infinita vaidade, te consiga ver em mim.
***


"O Homem é um génio quando está a sonhar."
Akira Kurosawa

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009


[Garry Winogrand, cerca de 1960]

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009




[Robert Longo, MEN IN THE CITIES, 1979]

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Sanctuary

De Ryoichi Ikegami & Sho Fumimura


Sanctuary é a manga escrita por Sho Fumimura e ilustrada por Ryoichi Ikegami, publicada no Japão pela Big Comic Superior entre 1990 e 1995. Posteriormente já foi lançado por outras editoras, tendo cada uma delas dividido a história de formas diferentes o que resulta na variação do numero de capítulos e de volumes.
Na altura, assim como ainda hoje a manga fez enorme sucesso no publico adulto, pela sua arte arrojada parecendo reflectir uma América em plena década de 60. Sanctuary tem uma história "atraente" na medida em que mistura conspiração politica com um thriller policial, e na forma como explora convenientemente as suas personagens - mantendo o suspense sempre no ponto certo. Cada um dos seus capítulos termina com um momento de tenção, obrigando assim o leitor a não descolar os olhos do papel.
Diria ainda, que o grande forte desta manga é deter duas personalidades extremamente fortes em lugares de destaque - realçando assim as diferenças entre os seus dois protagonistas.


(da esquerda para a direira) Akira Hojo e Chiaki Asami

Akira Hojo e Chiaki Asami atravessaram juntos durante a infância a guerra no Cambodja. Lutaram sempre pela união - sentimento que os acompanhou até ao momento em que se tornaram adultos, ou mesmo até, à altura em que regressaram ao Japão, sua terra Natal, e decidiram que juntos iriam mudar o país. Era evidente para ambos, que haviam regressado a um país de pessoas acomodadas que nada se preocupavam com o futuro. No poder, homens enriqueciam tomando partido de todas as regalias que as suas posições lhes traziam, impedindo desta feita que outros mais jovens e ambiciosos tomassem a rédeas do poder. Hojo e Asami estão decididos a mudar o Japão consagrando-o o seu Santuário particular. Para isso eles tomaram direcções opostas: Hojo torna-se um Yakuza, enquanto que Asami um secretário particular politico. Mantendo-se distantes e ao mesmo tempo tenebrosamente unidos eles embarcam na conquista do Japão.

É notório que Sanctuary recebeu fortes influencias cinematográficas - nomeadamente de filmes de Sergio Leone (de máfia, Gângsters, etc), com exemplo de Once Upon a Time in America. Também fortemente influenciado pela trilogia de Mad Max e aínda pelos filmes de Bruce Lee. São inúmeras as influencia que Sanctuary recebeu do género Film noir, porém teve potencial para chegar aínda mais longe na forma de como retrata o crime organizado no Japão. Tal como O Túmulo dos Pirilampos de Isao Takahaka, Sanctuary também se revela como um grito anti- guerra - visto que se alia às crianças para elevar mais esta problemática. O sexo aqui acaba por ter um lugar de destaque, felizmente nunca é usado tão abusivamente como aconteceu em Crying Freeman (de Ryoichi Ikegami). Com o traço inconfundível de Ikegami é difícil não ficar hipnotizado ao primeiro olhar.
São os amores, os medos, a luta, a coragem, a raiva, a união... todos os ingrediente estão misturados. Sem dúvida algo a não perder.



sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009


Agora ou nunca mais...