Quem se importa? Quem escuta? Quem lê?

domingo, 20 de janeiro de 2008

O que há em mim é sobretudo cansaço


O que há em mim é sobretudo cansaço

Não disto nem daquilo,
Nem sequer de tudo ou de nada:
Cansaço assim mesmo, ele mesmo,
Cansaço.

A subtileza das sensações inúteis,
As paixões violentas por coisa nenhuma,
Os amores intensos por o suposto alguém.
Essas coisas todas -
Essas e o que faz falta nelas eternamente -;
Tudo isso faz um cansaço,
Este cansaço,
Cansaço.

Há sem dúvida quem ame o infinito,
Há sem dúvida quem deseje o impossível,
Há sem dúvida quem não queira nada -
Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:
Porque eu amo infinitamente o finito,
Porque eu desejo impossivelmente o possível,
Porque eu quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,
Ou até se não puder ser...

E o resultado?
Para eles a vida vivida ou sonhada,
Para eles o sonho sonhado ou vivido,
Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto...
Para mim só um grande, um profundo,
E, ah com que felicidade infecundo, cansaço,
Um supremíssimo cansaço.
Íssimo, íssimo. íssimo,
Cansaço...

Álvaro de Campos

The Monster without a Name


Aqui está outro pormenor que adorei no anime. Esta pequena animação, com desenhos de um livro infantil ilustrado com o mesmo nome. Infelizmente só consegui com a tradução em Inglês... Julgo que este pequeno conto reflecte alguns aspectos da natureza humana - principalmente o seu lado negativo.

"For the Love of Life" Monster


Adorei esta ending de Monster. Dei-me um gozo enorme assistir aos 74 episódios praticamente seguídos e alimentar o meu cérebro durante esta semana com o fantástico enredo.
Rotulado como anime de terror psicológico, suspense, policial e drama - Monster delicia-nos com com uma trama realmente genial.

a viragem do tempo











Passaram-se duas semanas apenas... mas continuo a estranhar-me sempre que me olho ao espelho.